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Entrevistas e registros do jornalista em outros tipos de mídias.

Entrevista ao Jornal da Cultura

Edição de 23 de fevereiro de 2012

A jornalista Maria Cristina Poli, âncora do Jornal da Cultura, entrevista ao vivo o jornalista Lúcio Flávio Pinto sobre sua decisão de pagar a indenização aos herdeiros do empresário Cecílio do Rego Almeida.

Participam da bancada a professora de Direito Internacional da USP Maristela Basso e o professor de Filosofia da USP Vladimir Safatle.

Há pequenos erros nas informações, mas foi uma divulgação importante.

Clique neste link: LFP fala sobre a decisão do STJ

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Lúcio Flávio Pinto, jornalista da Amazônia

Texto escrito originalmente a convite da Cia Pessoal do Faroeste, de SP, para homenagem feita a Lúcio Flávio Pinto em maio de 2011. A ideia parte de uma associação já feita pelo historiador paraense Vicente Salles no livro Marxismo, Socialismo e os Militantes Excluídos (Paka-Tatu, 2001), no qual Salles apresenta a biografia de Bento Aranha com uma epígrafe retirada de texto de LFP.

Capa do jornal Correio Paraense, 18/07/1892

Retrato de Bento de Figueiredo Tenreiro Aranha II, aos 51 anos, por Carlos Wiengandt, 1892.

A história é tanto memória quanto esquecimento. Por vários itinerários, pessoas e fatos podem ser conduzidos ao obscurantismo, inclusive por sua “impertinência” à memória ou à história oficial.

Em 16 de março de 1894, o jornalista paraense Bento de Figueiredo Tenreiro Aranha II, neto de importante poeta homônimo, iniciou sua caminhada para o esquecimento. O jornal de sua propriedade, o Correio Paraense, sediado em Belém, foi fechado pela polícia do republicano Lauro Sodré por veicular críticas mordazes contra o governo, companhias públicas, bancos, empreiteiros, entre outros alvos. Ele, que era um dos mais ferrenhos defensores da República, repudiava os rumos do governo instaurado e sua associação às velhas oligarquias. Pagou caro por isso.

Naquele mesmo mês, o jornalista fora condenado pela justiça à prisão e ao pagamento de 800 mil réis em processo por injúria movido pelo poderoso Barão do Marajó, que era intendente de Belém e ganhara o direito de explorar o serviço da rentável Companhia das Águas. Bento Aranha denunciou esse privilégio em favor da moralidade pública. Anos depois, a justiça reconheceu erros no processo e revogou a condenação. No entanto, quem hoje conhece a saga desse intelectual e de seu jornal que tanto incomodavam os poderosos?

Bento Aranha foi o Lúcio Flávio Pinto do século 19. Lúcio Flávio Pinto, também paraense, reedita, de modo muito particular, a figura de Bento Aranha, como se fossem gêmeos astrais. Em mais de 40 anos de atividade jornalística, acumula dezenas de processos na justiça e algumas condenações por incomodar tanto a empresários, juízes e desembargadores com suas denúncias – nunca contestadas. Recorre das sentenças, denuncia erros nos julgamentos e os conluios de bastidores. Por sua atuação, já foi até agredido fisicamente por um empresário em local público, em episódio amplamente noticiado. É um “impertinente” à história do presente na Amazônia.

Ao mesmo tempo, coleciona prêmios nas áreas de jornalismo e de direitos humanos concedidos por instituições nacionais e internacionais de reconhecida importância, como o Committee to Protect Journalists (CPJ), entidade que defende a liberdade de expressão e acompanha o trabalho de jornalistas no mundo todo. Além disso, o apoio de intelectuais e ações de solidariedade vez por outra reiteram a importância da causa pública de Lúcio Flávio Pinto. Por que esse descompasso entre uma realidade e outra?

Porque Lúcio Flávio, com sua fala crítica, sua escrita ácida e seu precário, mas persistente, Jornal Pessoal, destoa em uma região ainda dominada pela triste toada dos coronéis do asfalto ou donos das cidades e do judiciário. Desafina, portanto, o coro de quem aposta no fado colonial da Amazônia, onde calar, ou fazer calar, ainda é a “melhor” saída.

Lúcio Flávio Pinto, ao não se calar, traça o próprio destino. Estará a salvo do esquecimento? A história do futuro dirá.

Rose Silveira

jornalista e historiadora

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Jornal Pessoal: resistência, denúncia e conhecimento da Amazônia

O Jornal Pessoal e seu mentor, o jornalista Lúcio Flávio Pinto, foram objeto da tese de doutorado “Imprensa, poder e contra-hegemonia na Amazônia: 20 anos de Jornal Pessoal (1987-2007)”, de Maria do Socorro Veloso, defendida em 2008 na Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo (USP).

O estudo se debruçou sobre as edições do JP, entendendo-o como um veículo de extrema importância para a resistência, denúncia e conhecimento dos problemas que assolam a Amazônia, bem como sobre a história de Lúcio Flávio Pinto e seu fazer jornalístico, corajoso e solitário.

Para ler o estudo, clique aqui.

Veja também outros trabalhos acadêmicos sobre Lúcio Flávio Pinto e o Jornal Pessoal:

Artigo – JP: a agenda alternativa de LFP

Dossiê Lúcio Flávio Pinto e a Defesa do Direito à Informação

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Programa Etc e tal

Entrevista de Lúcio Flávio Pinto no programa Etc e tal, comandado pela também jornalista Úrsula Vida.

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15/02/2012 · 5:16 AM

Jornalismo independente na Amazônia

A edição especial do Observatório da Imprensa visita o norte do país para mostrar o quanto é difícil fazer um jornalismo sério e independente.

Em Belém, no Pará, Alberto Dines entrevistou o jornalista Lúcio Flávio Pinto, editor do Jornal Pessoal, um periódico quase artesanal que busca levar aos paraenses informações relevantes que não ganham espaço na poderosa mídia local.

No bate-papo com Dines, Lúcio fala de questões ambientais e econômicas que afetam a região e de sua luta para conseguir manter o jornal em circulação. As denúncias ganham espaço, mas cobram seu preço. O jornalista já recebeu diversas ameaças de morte. Um programa interessante que mostra um outro lado da imprensa brasileira.

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15/02/2012 · 4:58 AM

Quem é ele que é tão Amazônia e somos todos nós

Figura bastante conhecida em Belém, Lúcio Flávio Pinto é jornalista e sociólogo. Nascido em Santarém, mudou-se aos cinco anos para a capital paraense, onde fixou residência com a família. Desde 1987 publica de forma independente o Jornal Pessoal. Nessa entrevista, fala de sua relação com os livros e com Belém, entre outros tópicos.

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15/02/2012 · 4:47 AM